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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Vazamento da Petrobras atingiu manguezal

Gasoduto em Maricá: especialistas alertam para 
necessidade de Plano Nacional de Contingência

Óleo que vazou do terminal chegou a manguezal da praia da Enseada
Foto: Prefeitura de S. Sebastião/Divulgação
Óleo que vazou do terminal chegou a manguezal da praia da Enseada Prefeitura de S. Sebastião/Divulgação

SÃO PAULO e RIO – O óleo que vazou do terminal da Transpetro, subsidiária da Petrobras, em São Sebastião (SP), chegou a manguezal da praia da Enseada, localidade próxima a Caraguatatuba. Fiscais do meio ambiente do município encontraram uma barreira de contenção encharcada com o combustível no local. A gravidade do acidente levou o Ministério Público Federal de São José dos Campos a também abrir inquérito para apurar as causas do vazamento, que contaminou pelo menos dez praias em São Sebastião e quatro em Caraguatatuba. O acidente foi na sexta-feira, durante o abastecimento de um navio no píer da estatal.
— Aparentemente há responsabilidade do armador do navio e da Petrobras. Todos vão ser ouvidos e responsabilizados se for provada a culpa — disse o procurador da República Ricardo Baldani Oquendo.
Na terça-feira, o Grupo de Atuação Ambiental de Defesa do Meio Ambiente, do Ministério Público de São Paulo, já havia aberto inquérito. No mesmo dia, a Cetesb multou a Petrobras em R$ 10 milhões.
Em outra frente, ambientalistas afirmam que o projeto da Petrobras de levar gás do pré-sal da Bacia de Santos, por gasoduto, até a praia de Jaconé, em Marricá (RJ), mostra a urgência de o governo lançar o Plano Nacional de Contingência.
— Esse projeto passa pela necessidade de se ter a garantia da capacidade do Estado de acompanhamento, fiscalização e controle em casos de acidente, o que só é possível com o plano. E o vazamento em São Paulo, apesar de pequeno, reforça essa necessidade — disse o diretor de Políticas Públicas do Greenpeace, Sérgio Leitão.
— Esse gasoduto, pela distância e profundidade, vai ser um desafio tecnológico para a Petrobras. E o país tem que ter seu plano de contingência, não pode contar apenas com os planos das companhia — disse o oceanógrafo David Zee.
Petrobras nega atrasos
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse ontem que nenhum dos dez projetos de exploração da empresa previstos para entrarem em operação até 2014 estão em atraso. Segundo ela, uma “interpretação equivocada dos números” apresentados na terça, gerou a publicação de informações “equivocadas”:
— No ‘book‘ com essas informações, há uma fotografia (dos projetos) do mês de janeiro. Então, se aí aparece que o previsto era 80% e o realizado era 70%, e a data de conclusão é junho, essa diferença de 10% estará refletida nesta data de junho. Não é atraso — explicou.
O GLOBO publicou que seis dos dez projetos previstos para 2013 e 2014 estão atrasados. Os dados constam no Plano de Negócios 2013/2017, e a Petrobras garantiu que os números eram atuais e válidos.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/vazamento-da-petrobras-atingiu-manguezal-8083980#ixzz2c8r1rV1E
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